PF instaura inquérito para investigar ligação de Kalil com empresários de ônibus de BH

A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação no início deste mês para apurar alegações de que Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais, teria recebido doações não declaradas de empresários vinculados ao setor de transporte público da capital mineira.

A CNN teve acesso aos documentos que fundamentaram as investigações, indicando que uma parte desses fundos teria sido destinada à pré-campanha de Kalil para governador e à pré-campanha de Adalclever Lopes, ex-secretário municipal de governo de Kalil, para deputado estadual, ambos relacionados às eleições de 2022. A denúncia também alega que parte dos fundos recebidos foi utilizada na campanha de reeleição de Kalil como prefeito de Belo Horizonte em 2020.

Os documentos sugerem que a prefeitura de Belo Horizonte teria favorecido financeiramente as empresas do setor por meio de contratos e benefícios econômicos. Entre esses benefícios, destaca-se o adiantamento de R$ 218 milhões às empresas de ônibus, visando melhorar o fluxo de caixa dessas prestadoras de serviços de transporte coletivo devido à escassez de recursos durante a pandemia, conforme indicado em um documento de maio de 2020.

O adiantamento em créditos de vale transporte foi objeto de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) municipal, que, em novembro do ano passado, sugeriu o indiciamento de Kalil por peculato, prevaricação e condescendência criminosa. O relatório final da comissão foi encaminhado ao Ministério Público, que está investigando o caso sob sigilo.

O início da investigação foi baseado em documentos que indicam que Alberto Lage, ex-chefe de gabinete de Kalil, depôs voluntariamente na Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo em outubro do ano passado. Lage alegou que Kalil não cumpriu a promessa de combater a suposta máfia do transporte em Belo Horizonte. Ele também mencionou ter testemunhado Adalclever Lopes transportando grandes quantias de dinheiro vivo em duas ocasiões, relacionadas ao pagamento pela produção de vídeos de candidatos a vereadores da coligação.

Lage afirmou que a presença de Adalclever no gabinete de Kalil estava ligada a uma hostilidade mais intensa do prefeito em relação à pauta do transporte coletivo. O depoimento foi compartilhado entre o Ministério Público Estadual e o Ministério Público de Contas, e o procurador Glaydson Santo Soprani Massaria encaminhou a documentação à Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais ao tomar conhecimento das denúncias.

Em 8 de abril, a promotora de Justiça Marta Alves Larcher requisitou à PF a abertura de inquérito para investigar possíveis crimes cometidos por Kalil e Adalclever. O inquérito policial foi instaurado em 1º de junho pela Delegacia de Defesa Institucional.

Em resposta, Alexandre Kalil declarou: “Investiguem! Chegou a campanha eleitoral e corrupto é que tem medo de investigação de Ministério Público e Polícia Federal”. A assessoria de imprensa de Adalclever Lopes afirmou que ele não tem conhecimento do inquérito.

A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação no início deste mês para apurar alegações de que Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais, teria recebido doações não declaradas de empresários vinculados ao setor de transporte público da capital mineira. A CNN teve acesso aos documentos que fundamentaram as…

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